domingo, 28 de outubro de 2007

Sodade dess nha terra Sâo Nicolau

Eu tenho saudades
Saudades do sabor do chocolate, do licor, do vento. Saudades do tempo de não engolir tão a seco este cuspe na boca minha. Saudades dos amigos de infância, dos amores de infância, de Guilherme, de Felipe, de Vitória.
Saudades do tempo em que me sentia bem - mas esse, jazze há tanto que já me acostumei a não tê-lo - e das surpresas com a música. Saudades do cd de Enya de meu pai e de Cesaria Evora. De Wellington e de pedir a ele desenhos de dinossauros. De andar de bicicleta eu já tive mais saudades, estou re-aprendendo a dominá-la então tou matando aos poucos. Dizem que as pessoas são como as estações. Saudades de aprender nota a nota e de ser sincero de dar gastura com meus amigos e amigas, a ponto de contar sem muitos rodeios quando eles eram traídos pelos amigos e pelos amantes.
Saudades do tempo em que eu era leve e idiota, não me preocupava em escrever as coisas amargas da vida, dos vinhos baratos e noites perdidas. Do corpo latejando por suor, alguma coisa mais forte.

Eu devia deixar de ser tão sério, isso é só um blog.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

"Mas esse ano eu não morro" Belchior

Sabe aquela música que só pedro ouve, daquela banda do Rio de Janeiro que só pedro conhece e que - mais que nunca - melhor descreve pedro?
pois é.
essa música se chama "Guardado" e a banda se chama Pic-nic, ela faz assim:

-Acho até que aprendi muito com você
Acho que você nunca quis me machucar
Se por acaso eu tentei não me expor, você melhor do que ninguém sabe a razão

Pra que tanta coisa guardada?
Todos sabem, isso não é nada
Todos sabem que o melhor é fazer
É sempre tentar esquecer

Acho até que já ouvi mais do que eu devia
Acho até que já sofri mais do que eu podia
Se tudo isso foi só para poder te agradar
Acho que nunca mais vou querer agradar ninguém-

e logo de alguém que em janeiro gritava "Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro, ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro"

pois é