segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Happy birthday Dear Jesus.

Lascado é pouco. Estou todo é fodido mesmo. Hoje é meu aniversário. Isso não me sai da cabeça. Acho que nem sempre sou romântico. Ontem enchi a cara na festa de aniversário de uma amiga minha, a Camila e liguei pra Juliana e convidei-a a sair e só sei disso porque liguei meu celular, porque vi mensagens desta agradecendo o convite. Porque ao ver tudo isso inclusive lembrei que a bateria de meu celular acabou durante o telefonema (e só pus para recarregar agora de manhã). Acho que nem sempre sou romântico. Acordei sete horas da manhã e bebi dois copos de coca cola gelada. What a glorious morning. Eu disse que nem sempre sou romântico.
Resolvi ouvir a primeira demo que fiz com a minha banda anterior, a Almanaque. Tenho orgulho dessa pestinha de CD demonstração, por mais tosco que soe, por mais ridículo que meu inglês soasse na gravação e que hoje eu perceba que sotaque britânico não é só falar os “t”s mais retos, mas eu estava fazendo o que queria, o que tinha sentido para mim na época. Estou em tentativa de retomada disso. Acho que não tem explicação eu ter ligado para a Juliana ontem e devo pedir desculpas a ela, pois mora longe, não é só dar na telha para ela sair de casa com um bêbado feito eu, as dez e tantas da noite e ir. Mas acho que é disso que é feita a minha condição. Falando em explicação e condições, adoro o Stephen Hawking e ele agora me aparece com uma tese sobre o modo como o universo infla e como consequentemente até a economia infla junto. Adoro o cara, imagino se ele tinha vontade de ter bandas quando mais novo.
E agora, the dead on arrival. Ontem no aniversário de Camila, este projetinho mal sucedido de Robert Smith nordestino resolveu jogar bola numa quadra molhada devido à chuva e anteontem foi a um show de bandas (prioritariamente) de blues. No show eu levantei o braço para tirar o cabelo da cara, e eis que uma mulher pouco atrás de mim resolve fumar e deixar o cigarro flutuante, como uma pluma aos ventos, em toda sua cinza majestade no ar abafado da casa de show. E em toda sua riqueza de vôo, a peste do cigarro resolveu conhecer a concretude do meu braço direito que descia da “ajeitada” de cabelo. Morto 1.
Na partida de ontem, aos dois minutos do primeiro tempo, escorreguei numa poça na quadra e cai de costas matando minhas costas e arranhando o braço esquerdo. Dois coelhos numa caixa d’água só.Morto 2 e morto 3. Continua o jogo, caio de joelho (o esquerdo, vale atentar) e arranho-o no seu lado direito e corto o dedo segundo do pé do mesmo lado. Morto 4 e morto 5. E lá vai o Zico dentro de minh’alma a correr pela quadra, em toda sua técnica cair de novo em uma cena no mínimo hilária para quem estava de fora de mim, vendo em meu desengonço eu tentar me equilibrar sobre os pés descalços, pranchas de pele grossa e meio lisa pairando sobre a água me levando em direção ao chão de novo. Caio sobre o mesmo joelho esquerdo arranhando-o no outro lado, corte fino no dedão do pé esquerdo e meu dedo mindinho do pé esquerdo está vermelho e dói horrores quando o movo, fora que ele dá uma espécie de estalada no que tento movimentá-lo. Morto 6, morto 7 e morto 8. Saldo final: 8 soldados a menos.
Minha bicicleta também quebrou, o zíper da carteira também e os fones de ouvido também já foram pro espaço. Acho que estou bem de aniversário. Ao menos matei saudade de Mariana ontem, e aliás, olhando bem agora, lembrei de meu trabalho sobre religiões que apresentei há uns dias atrás em que noto a presença marcante de mulheres em torno de Jesus. Só nesse texto tenho umas três ao meu redor nomeadas em um microcosmos. Seria eu Jesus? Hehehe, isso seria legal, mas ainda bem que não. Parabéns Pedro, nesse ritmo você não chega nem aos 38. Parabéns Pedro (e sorrio).
(ouvindo: "Samba in the snowy rain" by Guillemots)

Um comentário:

Amanda de Santana disse...

happy birthday não,mas que coisa.
você tá chegando mais perto de morrer,é um consolo.

[é brincando,pedro,é brincando!]

Não quero nem pensar em como está seu dedo mindinho,dói em mim,uie!



Amanda.